Saturday, June 2, 2007


Requerimento Pirata:

Ex.mo Senhor Smith


Eu, Elisabeth Turner, filha de William Turner e Elisabeth Swan, nascida a 17/11/1714, no concelho de Port Royal ( Inglaterra) e capitã do Black Pearl, solicito a V. Ex.ª que me reúna a melhor tripulação que o Mundo alguma vez viu. Um grupo de homens que seja capaz de navegar pelos sete mares, acompanhar-me e obedecer-me na mais perigosa aventura de todas: a ida ao fim do mundo!

Pede deferimento

Maio de 07 de 1735


O requerente,
Elisabeth Turner

Declaração Medieval:

Eu, Inês Isabel Ferreira Barros, nascida a 5/05/1653, na freguesia Rural, do concelho Medieval, declaro-me totalmente disponível e preparada para ser vossa cobaia na experiência que estão a desenvolver. Compreendo que pode ser perigoso sujeitar-me a tal procedimento, mas viajar no tempo foi algo que eu sempre desejei!

Terra Medieval, 13 de Abril de 1675.
Inês Isabel Ferreira Barros.
Glossário de termos literários e linguísticos:

Régulo: chefe de uma tribo.

Lobolo: dote da noiva.

Lirismo Trovadoresco: tipo de texto lírico originário dos trovadores, que falavam Galaico-Português. Esta origem remonta o séc. XII e XV.

Lirismo Palaciano: tipo de texto lírico originário dos poetas das cortes, e que portanto era desenvolvido nos palácios. Esta origem remonta o séc. XVI.

Humanismo: filosofia que determina que o homem é e deve ser considerado o centro do mundo. Ou seja, o ser humano deve ser valorizado muito mais do que os deuses.

Renascimento: novo movimento artístico e cultural, onde as sociedades recriam os modelos Greco-Romanos.

Classicismo: movimento ao nível da arte, cultura, ciência e natureza que visa respeitar e valorizar os gostos do renascimento (Greco-Romanos).

Locus amoenus: tipo de referência à natureza, onde o sujeito poético a descreve como doce, amena, luminosa, resplandecente e equilibrada. Usa termos eufóricos.

Locus horrendus: tipo de referência à natureza, onde o sujeito poético a descreve como trágica, horrível, feroz, desequilibrada, caótica e negra. Usa termos disfóricos.

Toponímia: designação atribuída ao conjunto de palavras da Língua Portuguesa que se referem a nomes de locais, terras e cidades.

Antroponímia: conjunto de palavras do léxico Português que dizem respeito aos nomes de pessoas e sobrenomes.

Fonética: som que é produzido ao falar-se uma língua, ou seja, determina a maneira como são acentuadas e ditas as palavras da Língua Portuguesa.
Entrevista a Pedro Barros (o meu irmão):

Esta entrevista vai incidir num aluno do 6º ano da Escola Professor Gonçalo Sampaio, que realizou as Provas de Aferição de Português e de Matemática.

Como reagiu quando soube que teria de realizar estas provas no 6º ano?
A minha reacção foi normal. Não tive nenhuma surpresa, pois já sabia que essas provas existiam.

Tinha alguma preferência em relação a uma das duas disciplinas? Qual?
Não tive nenhuma preferência, mas pensei logo que a prova de Português iria ser muito mais fácil e divertida!

No momento em que os professores começaram a prepará-lo melhor para as provas de aferição, sentiu algum medo ou nervosismo?
Não. Sentia-me bem preparado e confiante.

Como é que lhe correram ambas as provas?
Tanto a prova de português como a de matemática correram bem!
A de Português correu-me melhor, porque senti-me à vontade na composição.
Mas os professores de Português eram mais simpáticos.

No seu entender, qual delas foi mais fácil?
Eu penso que a prova de Português foi mais fácil, até porque tinha um menor número de páginas.
Relatório de visita de estudo:

No dia 23 de Fevereiro do corrente ano, as turmas de Matemática A da Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso, tiveram o privilégio de participar numa visita de estudo. Esta consistia na ida ao pólo da Universidade do Minho de Guimarães, onde iríamos assistir a aulas de matemática. Desta maneira, nós deveríamos compreender as numerosas aplicações da matemática.
Primeiro, seguimos para um grande e moderno anfiteatro, onde tivemos uma aula de estatística aplicada. Foi muito interessante, uma vez que interagimos com os professores e participámos em exercícios estatísticos.
Depois, dirigimo-nos para uma sala de grupos que se encontrava repleta de livros de lombada grossa. Mas o que mais sobressaía era o ecrã branco que nos ia mostrar alguns dos avanços na área da robótica. Até porque a U.M. do pólo de Guimarães desenvolve fantásticos projectos nesta área, com ou sem parcerias de outras universidades. Descobrimos que a robótica implica muita matemática.
Por último, numa sala de informática, pudemos optimizar o percurso que um camião deveria percorrer para entregar as encomendas e também optimizámos a disposição de mercadoria no camião.
Todos os alunos divertiram-se imenso porque, para além de visitarem um lugar de aprendizagem universitária, verificaram que a matemática é muito útil!

Página de Diário:
18 de Dezembro de 2006

Férias!... Nem sei se hei-de estar contente com as férias, porque apesar de poder descansar e divertir-me mais, só penso que vou ficar cheiinha de saudades de todos.
É estranho o facto de a minha rotina ser interrompida por duas semanas que, portanto, tornam-se completamente diferentes do que estou habituada.
É a vida! Temos de saber conviver com as diferenças e com as igualdades saudavelmente. Mas, em qualquer um dos casos, sinto que falta sempre alguma coisa; algo que eu nunca sei nem vou saber! Enfim…
Agora, só espero que as férias sejam boas.

Auto – retrato

Quem sou eu?
Sou alguém compreensivo,
Que tento sempre ajudar.
Quando não o consigo
Sinto-me a definhar…

Quem me conhece
Diz que sou boa amiga,
Espontânea e que nunca,
Nunca levo à fadiga!

Sei que a minha alegria
É uma constante,
Mas a minha força
É mil vezes menor à do elefante!

Comentário do livro “Meu Pé de Laranja Lima”

Há uns tempos a trás, li o Meu Pé de Laranja Lima de José Mauro de Vasconcelos.
É uma belíssima história que, apesar de estar escrita em português brasileiro, consegue transmitir perfeitamente toda a essência daquela triste vida! Ao longo da obra, vamos acompanhando o crescimento precoce de Zézé, um menino pobre e mal tratado que vai vivendo tropelias com o seu estimado confidente Minguinho (o pé de laranja lima do seu quintal) e com o seu grande amigo: o português Manuel Valadares. A grande questão, e a que provocou tanto sofrimento à personagem principal, é a seguinte: “Porque é que contam coisas às crianças?”.
Aconselho vivamente a sua leitura.
Bom proveito!


Se quiser pode ver uma imagem deste livro no blog principal: e-portugues.blogspot.com.

Resumo do texto expositivo -explicativo “Diário”

Resumo do texto expositivo -explicativo “Diário”, página 43 do manual:

De todos os géneros literários autobiográficos, o diário é aquele que se encontra mais próximo da realidade de qualquer tipo de pessoa.
O diário tem a característica de ser o local onde a pessoa confessa os seus sentimentos mais íntimos, exteriorizando-os e, ao mesmo tempo, mantendo-os em segredo. Por vezes, o diário torna-se num interlocutor, sendo que o locutor atribui-lhe um nome e cria uma personagem. Neste caso é evidenciado uma grande solidão por parte do escritor diarístico. Também acontece que o interlocutor pode ser uma pessoa real de que se sente falta.
Mas o diário pode perder o seu carácter privado, sendo publicado de modo a partilhar as suas ideias com os possíveis leitores, podendo esta ser uma vontade do próprio autor ou de outros. Para que o diário seja publicado, pode-se criar uma ilusão de intimidade, tendo o cuidado de não identificar ninguém.
O diário diferencia-se da narrativa autobiográfica pelo facto de constituir uma narração intercalada. A datação usada indica-nos o início e o fim de um fragmento narrativo.


Resumo de “Biodiversidade ameaçada pelo lucro fácil”, página 62 do manual:

O homem apenas conhece cerca de 3 milhões de espécies, quando estima existir em florestas tropicais cerca de 30 milhões de espécies. Assim, o ser humano nem sequer conhece 5 % da diversidade biológica global.
Deve-se preservar toda esta biodiversidade: a que conhecemos, a que não conhecemos, aquela que nos é útil e aquela que julgamos não nos ser útil. Porque como não se conhecem todas as espécies, mesmo as inventariadas, não se sabe ao certo se são úteis ou não. Por exemplo: existem espécies que só no início desta década é que foi encontrada a sua utilidade, como o feijão da Papuásia e o teixo. Este último encontra-se em extinção, graças ao desejo de poder e lucro por parte das multinacionais, que se assim continuarem, no próximo século não haverá florestas.
Como consequência, para além de perdermos espécies que nem sequer ficámos a conhecer, vamos perder as maiores fábricas de oxigénio do Mundo!

Bigrafia de Mia Couto


Mia Couto

António Emílio Leite Couto nasceu a 1955, em Moçambique. Era filho de família de emigrantes portugueses chegados a Moçambique no princípio da década de 50.
Fez a escola primária na Beira (Moçambique). Em 1971, iniciou os seus estudos de Medicina na Universidade de Lourenço Marques (actualmente, Maputo). Por esta altura, o regime exercia grande pressão sobre os estudantes universitários. Assim, aliou-se à luta pela independência de Moçambique, tornando-se membro da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).
A partir do 25 de Abril e da independência de Moçambique, interrompeu os estudos para trabalhar como jornalista, em primeiro lugar, em A Tribuna, juntamente com Rui Knopfli. Nessa altura tornou-se também director da Agência de Informação de Moçambique (AIM). Participou na revista Tempo até 1981, ficando, depois, no Notícias até 1985. Altura em que ingressou na Universidade Eduardo Mondlane para tirar o curso de Biologia.
O seu primeiro livro, Raiz de Orvalho (poemas), foi publicado em 1983. Segundo o próprio autor, consiste numa espécie de contestação contra o domínio absoluto da poesia militante. Seguiram-se, entre outros, Vozes Anoitecidas (1986), livro de contos com que se estreou na ficção e que foi premiado pela Associação de Escritores Moçambicanos; Cada Homem é uma Raça (1990), Cronicando (1988), que era um livro de crónicas; Terra Sonâmbula (1992), que constituiu o seu primeiro romance; Estórias Abensonhadas (1994), A Varanda do Frangipani (1996), Contos do Nascer da Terra (1997), Vinte e Zinco (1999) e Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra (2002).
Em 2001, em Portugal, Mia Couto recebeu na Fundação Calouste Gulbenkian o Prémio Literário Mário António (prémio atribuído a escritores africanos lusófonos ou escritores timorenses de três em três anos) pela sua obra O Último Voo do Flamingo.
As suas grandes paixões eram o jornalismo e a escrita!

Biografia de Sophia de Mello Breyner Andersen


Sophia de Mello Breyner Andresen

Sophia de Mello Breyner Andersen foi uma poetisa e ficcionista, nascida a 1919 e natural do Porto.
Frequentou o curso de Filologia Clássica na Universidade de Lisboa. O seu nome encontra-se ligado ao projecto Cadernos de Poesia, tendo colaborado ainda, ao lado de nomes como o de Jorge de Sena, David Mourão-Ferreira, Ruy Cinatti, António Ramos Rosa, entre outros, entre a década de 40 e 50. Mas esta escritora também fazia belíssimas traduções e a sua obra recebeu os mais reconhecidos prémios literários, dos quais se destacam, por exemplo, o Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores, em 1994, o Prémio Camões e o Prémio Pessoa, ambos em 1999, e o Prémio Rainha Sofia da Poesia Ibero-Americana, em Junho de 2003. Desde a publicação de Poesia, em 1944, Sophia afirma-se no panorama da literatura nacional com uma concepção de poesia que, sem deixar de dar continuidade a uma tradição lírica que passa por autores como Camões ou Teixeira de Pascoaes, recupera valores da cultura clássica, funde-os com um humanismo cristão, para contrapor um tempo absoluto a um "tempo dividido", numa aspiração à comunhão do homem com uma natureza de efeito lustral, produzindo uma impressão global de atemporalidade e de universalidade da escrita. O privilégio da essencialidade, da unidade, implica ainda a consciência de que a literatura só cumpre a sua função social e de fascinação do homem quando regeita uma cultura de separação e persegue a "inteireza", "o verdadeiro estar do homem na terra", quando "estabelece a relação inteira do homem consigo próprio, com os outros, e com a vida, com o mundo e com as coisas" (cf. comunicação lida no 1.º Congresso de Escritores Portugueses, in O Nome das Coisas, 1977, p. 76). Deste modo, a poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen não deixa de relevar um sentido ético, radicado num sentido cristão da existência, que impõe à escrita o assumir de uma função social, na denúncia da injustiça, da desigualdade, de qualquer tipo de alienação ou atropelo à dignidade humana, quer em volumes poéticos de maior empenho, como Livro Sexto, quer em algumas das belíssimas narrativas de Contos Exemplares, como o conto "O Jantar do Bispo" ou "O Homem". Política, católica, helénica, a poesia de Sophia remete o homem para um espaço utópico (ideal e impossível) que, comparável ao lugar buscado pelo casal que protagoniza o conto alegórico 'A Viagem' (in Contos Exemplares), não deixa de corresponder à imagem mais perfeita de uma felicidade humana terrena e possível desde que o homem contemporâneo readmita a sua fidelidade ao tempo, às palavras, à natureza, às coisas: "Ali parariam. Ali haveria tempo para poisar os olhos nas coisas. Ali poderiam respirar devagar o perfume das roseiras. Ali tudo seria demora e presença. Ali haveria silêncio para escutar o murmúrio claro do rio. Silêncio para dizer as graves e puras palavras pesadas de paz e de alegria. Ali nada faltaria: o desejo seria estar ali.”
Sophia de Mello Breyner Andresen faleceu a 2 de Julho de 2004, em Lisboa.

Biografia de Miguel Torga


Miguel Torga

Este é o pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, autor de uma produção literária vasta e variada, largamente reconhecida.
Miguel Torga nasceu em S. Martinho de Anta em 1907.
Depois de ter trabalhado no Brasil, entre os 13 e os 18 anos (experiência que viria a ser referenciada na série de romances de inspiração autobiográfica Criação do Mundo), entrou no curso de Medicina, na Universidade de Coimbra. Este tornou-se o seu local de eleição, onde passou a viver e onde acabou por falecer, em 1995.
Durante os estudos universitários, em Coimbra, travou conhecimento com o grupo de escritores que viriam a fundar a Presença, chegando a publicar, nas edições da revista, o seu segundo volume de poesia, Rampa. Em 1930, depois de assinar, com Edmundo de Bettencourt e Branquinho da Fonseca, uma carta de dissensão enviada à direcção da publicação coimbrã, co-funda as efémeras revistas Sinal e Manifesto. Não obstante a passagem pelo grupo “presencista”, Miguel Torga assumirá, ao longo dos cerca de cinquenta títulos que publicou - frequentemente em edições de autor e à margem de políticas editoriais - uma postura de independência relativamente a qualquer movimento literário. Os seus textos poéticos, numa primeira fase, abordaram temas bucólicos: a angústia da morte, a revolta, temas sociais como a justiça e a liberdade, o amor, e deixaram transparecer uma aliança íntima e permanente entre o homem e a terra. Destacou-se no domínio da poesia com Orfeu Rebelde, Cântico do Homem, bem como através de muitos poemas dispersos pelos dezasseis volumes do seu Diário. Na prosa, obras como Os Bichos, Contos da Montanha e Novos Contos da Montanha marcaram, até aos nossos dias, sucessivas gerações de leitores que aí se maravilham com uma fusão entre o homem, o mundo animal e o mundo natural, descrita e desenvolvida numa prosa "a um tempo sortílega e enxuta, despegada do efémero, agarrada ao concreto" ( palavras de Mourão-Ferreira, David - Miguel Torga e a Respiração do Mundo). No domínio narrativo, a sua bibliografia contém ainda os seis volumes da ficção de inspiração autobiográfica Criação do Mundo e os dezasseis volumes do Diário. A sua bibliografia conta ainda com algumas páginas de intervenção cívica, como Fogo Preso ou Traço de União, bem como quatro títulos de teatro. Como escritor dramático, publicou três obras intituladas Terra Firme, Mar e O Paraíso.
Miguel Torga foi assim, proposto por duas vezes para Nobel da Literatura (1960 e 1978). A sua obra e a sua personalidade constituíram um referente cultural a nível nacional e internacional, tendo recebido, em vida, os Prémios Montaigne (1981), Camões (1989), Vida Literária (da Associação Portuguesa de Escritores, em 1992), o Prémio de Literatura Écureuil (do Salão do Livro de Bordéus, em 1991) e o Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários, em 1994.

Ficha de Leitura


1.IDENTIFICAÇÃO DO LIVRO
a.Título da obra: A Lua de Joana.
b.Editora: Verbo. Nº da edição: ND.
c.Local: Lisboa. Data (1.ª publicação): 1994.

2.IDENTIFICAÇÃO DO AUTOR:
a.Nome / Pseudónimo: Maria Teresa Maia Gonzalez.
b.Dados biográficos.
Nascimento (Local e data): Nasceu em Coimbra, no ano de 1958.
Profissão: É professora e escritora.
Morte (Local e data): -----
Episódios marcantes da sua vida: Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas, na variante de Estudos Franceses e Ingleses. Deu aulas de Língua Portuguesa até 1997, mas continuou a leccionar Inglês e Francês. Paralelamente, iniciou, em 1989, a carreira de escritora de literatura infantil.
Obras publicadas pelo autor: “Gaspar e Mariana”, “A Fonte dos segredos”, “O Guarda da Praia”, “O Incendiário Misterioso” e mais de 20 volumes de “O Clube das Chaves”.

3.ANÁLISE DA OBRA
•Tipo de texto: Romance jovem.
•Género literário: Narrativo.
•Tema estruturante: Penso que o principal tema deste livro recai sobre o facto de todas as pessoas deverem dar atenção ao que é realmente importante na vida, como por exemplo a família.
•Sumário da obra (+- 100 palavras): A Joana tinha uma grande amiga que se chamava Marta. A Marta, e sem ninguém conseguir perceber o porquê, entrou no mundo da droga e acabou por morrer de overdose. Então, a Joana sentiu a necessidade de escrever cartas à sua falecida amiga, de modo a poder desabafar e preencher o vazio com que ficou. No princípio, a Joana escrevia-lhe dizendo que não compreendia o que lhe tinha acontecido. Depois, já lhe contava o seu dia-a-dia, principalmente o facto de os pais não lhe darem atenção, nem mesmo após a morte da avó Ju (a única pessoa da família que se mostrava interessada por ela e lhe dava carinho).
À medida que o tempo passa, vemos que a situação familiar da Joana piora e ela começa a consumir drogas. Agora já compreendia a amiga!
•Tipo de linguagem:
Registo de línguas: Registo de norma/padrão e registo familiar.
a.Recursos expressivos:
Comparação: “O João Pedro está com ares de grande empresário de Hollywood.”, metáfora: “O Pré-histórico…”, Assíndeto e adjectivação expressiva: “…cabelo oleoso, borbulhas a dar com pau, colarinhos sebentos, dedos amarelos, ténis supernojentos.”, hipérbole: “Não vejo o Diogo há séculos.
c.denotação/conotação: Conotação: “É tão difícil de acreditar!”, “A verdade é que não sei o que hei-de dizer-lhes…” e “Estou morta por que comecem as aulas.”. Denotação: “Ontem, foi o concerto do Mickael Jackson.”, “Quando cheguei a casa, o pré-histórico estava na cozinha a discutir com a avó Ju.”.
•Personagem(ns) preferida(s):Joana, avó Ju e Diogo.
Aspectos marcantes: A Joana era esperta, dedicada, mas foi exposta a uma tristeza enorme que a desmotivou. Isto, apesar de ter presente uma boa amiga e confidente como a avó Ju. O Diogo, que se encontrava muito transtornado, foi a pessoa com quem a Joana mais partilhou a sua dor, talvez por ambos a sentirem!
Outras personagens em destaque: O João Pedro, por ter sempre apoiado a Joana e demonstrado que era seu amigo, estando presente nos bons e maus momentos da vida!
Elementos paratextuais relevantes: Contém um frontispício, um prefácio e uma nota sobre outras obras da autora.

4. APRECIAÇÃO CRÍTICA DA OBRA:

Algumas palavras novas encontradas: Alarvices, superleve, superesforço, supernojentos, trabalhólicos.

Frases marcantes: ““Que é que vais fazer agora com os teus 15 aninhos?”, e eu respondi: “Aquilo que os meus 15 anos fizerem de mim.””, “És meu pai (em part-time) /Que posso fazer contigo?!”, “Agora tinha todo o tempo do mundo. Para quê?”

Três boas razões para ler este livro:
1) É-nos retratada uma realidade trágica e comovente.
2) Consegue pôr-nos a pensar sobre a importância que devemos dar aos outros.
3) Reflecte a vida e os pensamentos de uma rapariga que podia ser um de nós.
Aspectos mais positivos: Este livro é fantástico na sua capacidade de nos pôr a pensar sobre a importância que os outros têm na nossa vida e, por isso, nunca os devemos esquecer.
Aspectos mais negativos: Por vezes entra em pormenores que não interessam muito para o desenvolvimento da história, mas têm o seu valor, visto fazerem parte do quotidiano da Joana.

Correcção do 1º teste de avaliação de L. Portuguesa

I
1. O texto é expositivo-explicativo, porque apersenta um assunto e a sua explicação. Os elementos que dão esta intenção são: “…é constituído por…”, “…devido à…”, “…desde a…”.

2. a) Significa que as toxinas de actuação local não são graves.
b) Quer dizer que, nas palmas dos pés e das mãos, por terem uma pele mais grossa e resistente, o veneno não se alastra.
c) Significa que o veneno não conduz à morte, mas em alguns casos isso não acontece, normalmente em crianças muito pequenas.

3. Como as pessoas têm hábitos diurnos e os lacraus hábitos nocturnos este tipo de picadas são pouco frequentes.

4.a acção do veneno do lacrau varia de acordo com a idade e o peso da vítima, a espécie de escorpião e o local da picada.

5. Os sintomas podem ser psíquicos e/ou físicos. Os físicos, como arrepios, cãibras musculares, hipotensão e dor podem manter-se durante horas, se não forem tratados. Os psíquicos, podem perdurar durante uma semana.

6. “Picadas de lacrau: inimigas mortais?”, poius o texto fala-nos que as picadas podem ser ou não mortais, quando e porquê.

II
1. 1.vítima: nome / nome sobrecomum, contável, animado.
2.raras: adjectivo / biforme, qualificativo, relacional.
3.neurológicos: adjectivo / biforme, qualificativo, relacional.
4.nosso: determinante / possessivo.
5.tenra: adjectivo /biforme, relacional.
6.ansiedade: nome / abstrato, não contável, humano.
7.várias: quantificador / indefenido.
8.gelo: nome / não contável, não animado, concreto.
9.possível: adjectivo / qualificativo de possibilidade.
10.semana: nome / comum, contável, colectivo.
2. a) Injuntivo-instrucional, porque indica como se faz algo, dá as instruções para que alguém o faça.
b) Descritivo, porque diz-nos as características do cão fila de S. Miguel, recorrendo à descrição.
c) Narrativo, pois trata-se de um biografia, com verbos no pretérito perfeito.

3. O protótipo textual dominante é o dialogal-conversacional, pois é estabelecida uma conversa em que ambos os intervenientes participam.
3.1. Locutor-interlocutor: o homem do balcão e a cliente, existindo uma pergunta do locutor e resposta do outro.
Dêixis pessoal: locutor – formas verbais – 1ª pessoa do plural “temos”.
- pronomes pessoais – subentende-se “nós”.
Interlocutor – pronomes pessoais – subentende-se “tu”.
Dêixis social: “nossa”.
Dêixis espacial: “aqui”.
Dêixis temporal: “Hoje”, “Desde…a”, “1640”, “terão”.
Universo de refência: o café.
Saber compartilhado: conhecimento da história de Portugal e Espanha e suas condições.

III
Composição.

Correcção do 2º teste de avaliação de L. Portuguesa

I
1. As características do texto diarístico são: a descontinuidade e fragmentação, porque a acção é dividida por fragmentos, tornando-se descontinua. Assim, o seu início é demarcado pelas datas; é o facto de constituir um local onde existe um reconhecimento de “eu”:”Fui chorar…”, “Ouço isto…”. Como este diário foi publicado, por vontade do autor ou não, perdeu um pouco do cunho íntimo, pois estaria ao dispor de qualquer pessoa. Assim, também são expressas opiniões cujo carácter é mais social: “Grande discussão…”.
2. 2.1. Os elementos de referência deíctica pessoal são: pronomes pessoais como:”Eu”, “mim”, “me”; verbos na primeira pessoa do singular como:”Defendi”, “sei”. Isto, porque remetem para o sujeito da enunciação, existindo um “tu” subentendido. Dêixis espacial: “aqui” que se subentende, remetendo-nos para o espaço de escrita; “cá” demonstra-nos “onde?”. Dêixis temporal: “hoje” que se subentende indicando o que está a acontecer; aquilo que nos remete para factos anteriores são verbos como: “Defendi”, “existiram”.

3. Primeiro: morte de Fernando Pessoa; segundo: “Tanto pesa uma arroba de terra, como uma arroba de filosofia; Terceiro: “…publicação de manuscritos ou não depois da sua morte.”

4. A expressão significa que, se um escritor não quis publicar algo, não é depois de morto e contra a sua vontade que o iam fazer.

5. No primeiro excerto, o autor lê uma notícia no jornal: Fernando Pessoa morreu. Miguel Torga sente-se triste e revoltado por Portugal não lhe ter atribuído o devido valor.
No seguinte, enquanto estava numa estação de comboio, ouviu alguém a dizer algo com a qual o escritor não concordava. Isto, porque ele próprio viu a tristeza na cara do seu vizinho, quando o seu boi morreu e não permitia que dissessem que este tipo de pessoas anda sempre feliz.
No terceiro excerto, é confrontado com a possibilidade de ser publicada uma obra de um escritor morto e, não concordando com isto, dá os seus argumentos.

6. I excerto – protótipo narrativo.
II excerto – protótipo argumentativo.
III excerto – protótipo argumentativo.

7. Esta afirmação é correcta, porque no diário o autor escreve para desabafar, mas sempre tendo segredos. Alguns diários, que são íntimos, acabam por ser publicados, e isto foi o que aconteceu com as páginas de diário transcritas.

II
1. incomunicabilidade – derivação por prefixação: comunicabilidade (nome)+ in (prefixo).
Consultório – forma base: consulta + ório (sufixo) – derivação por sufixação.
Sinceridade – forma base: sincera + idade (sufixo) – derivação por sufixação.
Autoformação – composição morfológica: radical auto + formação.

2. 1-E; 2-L; 3-A; 4-C; 5-B.
3. 1-V; 2-F; 3-V; 4-F.
4. A opção certa é a B.
5. A-F; B-V; C-V; D-F; E-V.
6. A- existência – adj. Que indica o que é relativo à vida.
B – velho – adj. Quando se é velho.
C – íntimo – adj. Quando há a característica de ser íntimo.
D – paradoxo – adj. Algo que tem dois lados.
E – atemporal – adj. Que indica que não tem tempo; o tempo não é importante.

III- Resumo ou síntese.

Correcção do 3º teste de avaliação de L. Portuguesa

I
1.Ashanti é uma rapariga africana elegante, com 28 anos, um metro e oitenta e dois de altura e com um rosto perfeito. Psicologicamente, Ashanti era carinhosa, conversadeira, persistente e lutou por um futuro diferente daquele que era de se esperar se continuasse no seu país natal.

2. Esta crónica está incluída na rubrica da revista Xis “Conversas com o espelho”, porque nesta rubrica devem ser apresentadas crónicas que demonstrem a vida de alguém numa perspectiva mais íntima, como se o leitor ou o jornalista fosse o espelho da pessoa que vai servir de motim para o texto.

3. a) Significa que Ashanti foi viver para Itália quando tinha 15 anos, porqu queria fugir das atrocidades que poderia vir a sofrer se continuasse em África.
b) Diz-nos que o que aconteceu a Ashanti, aconteceu a muitas outras raparigas, por mais triste que pareça.
c) Ashanti não era feliz, não tinha o brilho, mas sendo modelo ela tem de exteriorizar o brilho da sua beleza. Este destina-se aos outros; ela não o sentia.

4. Ashanti relata-nos a “estória” de um pássaro que, para não morrer à fome, vendeu as suas assas a um rato. Depois, ficou em terra a ver o rato voar. Isto foi o que aconteceu a Ashanti: em África não tinha condições dignas para viver e, quando foi para Itália, vendeu a sua imagem.

5. Nesta crónica, a autora expressa a sua opinião em relação à vida de Ashanti: “Penso em Ashanti como um espécie de metáfora do mundo da moda: as roupas que veste não são suas.” Uma outra característica da crónica é o facto de existirem marcas da primeira pessoa, referenciando a autora do mesmo: “comigo”, “contou-me”, “Penso”.

6. dois recursos expressivos presentes no texto são: comparação (“O seu brilho, como o dos holofotes…”) e a enumeração (“Ela: 28 anos, um metro e oitenta e dois da mais pura elegância… refulgente.”).

II
1. 1.1. A narradora acreditava que o seu brilho, como o dos holofotes, destinava-se a iluminar os outros.

2. Na expressão “Talvez porque poder e prazer estejam intimamente associados” está presente o acto ilocutório assertivo, sendo que a autora não tem a certeza, mas apresenta uma explicação possível.
2.1. Os homens têm medo do prazer feminino, talvez porque prazer r poder estão intimamente ligados.

3. …fosse tratado…poder-se-ia…se aproveitam…previne-se…eliminam-se.

TEXTO B
3. 3.1. O conector é a conjunção adversativa MAS.
3.2. A primeira parte podia ter o título: “O que é um bom sono”. O título da 2ª parte podia ser “ Conselhos para a qualidade do sono.”
3.3. Primeira parte: acto ilocutório dominante é o assertivo: “Dormir bem é…”. Na 2ª parte, o acto ilocutório dominante é o directivo: “Vá para a cama…” e “Durma na escuridão…”.
3.4. O tempo e o modo verbal dominante na segunda parte do texto é oo imperativo.

III
Composição.

Correcção do 4º teste de avaliação de L. Portuguesa

I

1. O motivo que originou o regresso do Bispo à Casa foi o facto de este não poder satisfazer a promessa que tinha feito ao Dono da Casa, tendo como principal objectivo a devolução dos dois cheques. O Bispo era de idade avançada, encontrava-se trôpego e com dificuldade em andar, tinha as costas curvadas, mãos trémulas e enrugadas, trazia os sapatos sujos de lama. Estava nervoso, ansioso e desejoso de pôr termo àquele assunto.

2. Esta afirmação significa que o Bispo ao receber o dinheiro em troca da promessa de mudar para outro lugar o padre de Varzim e assim conseguir um telhado novo para a Igreja da Senhora da Esperança, caiu em si, arrependendo-se, pois para além de ter de acusar o padre, considerou que também o estava a vender.

3. O nome da personagem é grafado desta maneira “O Dono da Casa” para nos transmitir a superioridade social deste homem, sendo ele o dono supremo de uma grande e rica propriedade.

4. Na opinião do Bispo, o Dono da Casa não acreditava no que lhe dizia, porque este vivia rodeado de uma grande quantidade de bens materiais, que teriam formado uma espessa barreira entre ele e a realidade. O Dono da Casa estava fechado na sua própria certeza, achando sempre que tinha poder sobre tudo e todos.

5. O tema deste conto são os negócios que podem existir num meio Clerical, baseando-se em jogos de interesses. Se analisarmos este conto, trata-se de um homem que pede favores a um Bispo, pagando-lhe.

6. A preocupação estética e expressiva da linguagem da autora, encontra-se presente em alguns passagens do texto: “O brilho da noite fazia luzir os azulejos azuis.” e “…a mão trémula apoiada no corrimão de pedra e musgo.”, onde é feita uma descrição cuidada e que transmite beleza. Também se encontram expressões que são usadas repetidamente para intensificar a ideia: “Trôpego, trôpego…” e “Depois, devagar,…”(que aparece duas vezes). São usados, ao longo de todo o texto, muitos adjectivos.

7. O narrador, quanto à presença, é heterodiegético, pois relata uma história à qual é estranho, não participa na acção. Quanto à focalização, o narrador é omnisciente, pois apesar de não participar na acção, ele sabe quais são os pensamentos das personagens.

8. Os modos de expressão presentes no texto são a narração (“Quando chegou ao cimo, o marido e a mulher já estavam na entrada.” e “Depois, devagar, continuou:…”) e descrição (“Na sala as cadeiras pareciam tesas, e espantadas… acordados pela luz.” e “Subia com pesados passos, costas curvadas… de pedra e musgo.”).

9. A finalidade daquela promessa era a obtenção de dinheiro para a construção de um telhado novo para a Igreja, sendo a promessa mudar o padre novo para outro lugar.

II

1. 1.1.A palavra “quem” tem a função de sujeito e a palavra “mo” tem a função de complemento indirecto - “me” - e de complemento directo - “o”.
1.2. O complemento directo é “este dinheiro” e o complemento indirecto é “a quem mo deu”.
1.3. Era provável que ele não pudesse cumprir a promessa e quisesse entregar a quem lho deu aquele dinheiro.

2. No modo de expressão de narração são usados tempos verbais no pretérito perfeito do indicativo e no modo de descrição são usados tempos verbais no pretérito imperfeito do indicativo.

3. 3.1. O pronome “lhe” tem como referente o Dono da Casa. O pronome “se” tem como referente o Bispo.
3.2. “Quando chegou ao cimo, o marido…” e depois é retomado “…disse o bispo ao Dono da Casa.”. É uma retoma por substituição lexical.

4. 4.1. O “que” tem a função sintáctica de complemento directo.
4.2. “O Dono da Casa não acreditou nas palavras que ouviu.”

III

Composição.